terça-feira, 15 de junho de 2010

Eu também sou touchscreen

Estava no shopping dia desses e me toquei na febre que virou esses Smartphones.E o pior,são as mulheres que estão viciadas neles.Sabe esses celulares que você toca na tela e eles fazem “de um tudo”?Lá ficam elas com seus dedos longos,lindos,que poderiam estar fazendo outras coisas ao invés de dar toda sua atenção aos malditos smartphones.

E estou legislando em causa própria sim.Antes o cara ia para o shopping para ver a mulherada desfilar,dar uma olhada mais de perto,conversar,beijar na boca.Agora elas ficam grudadas no celular e nem olham mais para mim.Já não olhavam antes,agora piorou.

Gostaria de falar uma coisa para vocês smartgirls.Eu também sou touchscreen,toca em mim para ver se eu também “não faço de um tudo”,toca…duvido…
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Trilha sonora deste post:

Edwyn Collins - A girl like you

sábado, 12 de junho de 2010

Ai amor - III




Um homem chama a sua mulher para sair. Ele diz ser um jantar romântico, e que iria ser perfeito.



― Vamos amor, já estamos atrasados!
― Espere, só preciso achar minha bolsa!
― Pra quê bolsa? Eu vou pagar.
― Está me chamando de quê?
― Te chamando...? Ah, Letícia vamos logo!
― Não, não... Entendi bem? Você disse que eu não sirvo pra nada?
― Eu não disse isso, amor. Só disse que eu vou pagar.
― Fique sabendo que eu não preciso que você pague minhas coisas, eu sei muito bem cuidar de mim mesma, e trabalho pra pagar as coisas que consumo!
― Eu sei amor, eu sei...
― Não me venha com “amor”! Você acha que eu não poderia planejar um jantar também? Acha que eu não poderia pagar?
― Amor, não tem nada a ver... Estamos perdendo tempo...
― Ah, então falar com a sua mulher agora é perca de tempo?
― Letícia quer entrar no carro?
― Tem razão, falar comigo é mesmo uma perca de tempo. Alugue uma mulher melhor, Fabiano. – Dizia Letícia, enquanto tirava um dos brincos.
― Letícia, me perdoe então, está bem? Perdoe-me por ser tão machista com você – Fabiano tentava amenizar a situação com palavras suaves, enquanto devolvia o brinco a sua mulher.
― Está bem. – Ela o acompanhava com aquela cara de fome tipicamente feminina.

Ele então sorri, entra e liga o carro. Ainda sorrindo, ele percebe que sua mulher está de braços cruzados... Meio sem entender, coloca a cabeça para fora da janela:

― Letícia?
― Não ta esquecendo alguma coisa?
― Ah, como eu poderia esquecer... – Ele corre, abre a porta de casa, e permanece lá por uns segundos. Retorna com um sorriso enorme, e um bombom.
― Aqui amor, como no dia do nosso primeiro beijo.
― 17 anos, e você não mudou nada, Fabiano?
― Letícia, entre logo ai, porque já estamos aqui há horas! – Ele entra novamente no carro. Ela nem se quer move um fio de cabelo.
― Antes os homens abriam a porta do carro para suas mulheres.
― Antes nem carro existia. Ele dava escadinha pra ela subir na carroça no máximo.
― Grosso...

Então ele abre a porta do carro pra ela. Mas por dentro do carro. Ela se recusa a entrar:

― Isso é mesmo perca de tempo, Fabiano. Vou me deitar, vai lá comer seu camarão.

Ele corre até ela, se ajoelha segura sua mão, dá vários beijos e diz:

― Vamos assistir Ghost no quarto da empregada? – Com um sorriso malicioso em sua cara de 30 anos.
― Ai, amor...


Feliz dia dos namorados à todos.
Dedicado à Bruna Gameiro, minha namorada.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Epicentro

_ Bom dia! - Susurrei para meu eu refletido no espelho.
Àquela hora da manhã ninguém além de mim seria capaz de sentir meus segredos transformados em respiração.
Recostei-me novamente sobre o travesseiro a fim de encontrar perdidos os sonhos dessa madrugada.
_ Ah, que saudades dos primeiros minutos da minha noite. - Suspirei.
Levantei-me e chequei o horário. 5:32am. Achei melhor retornar para meus devaneios, fechei os olhos e os apertei, sinceramente esperava lembrar dos diálogos metafóricos.
Passaram-se alguns minutos e senti minha pele arrepiar suavemente, estranhei e vagarosamente abri um dos meus olhos, formando uma careta decerto engraçada, não havia nem ao menos brisa entre aquelas quatro paredes.
Percebi que meu eu refletido me olhava fixamente, com uma expressão dura, fria... Me obrigava a levantar e encarar os fatos.
O sonho acabou, eu acordei, não me restam mais os diálogos moldados como eu quero.
_ Não é justo! - Relutei comigo mesma...
Virei de costas para o espelho, assim eu não haveria de incomodar a mim.
Continuei cantarolando baixinho as canções que outrora formaram uma trilha sonora... Hoje são apenas músicas da minha lista favorita.
Lembrei-me daquele trecho em especial. Aquele pequeno conjunto de palavras que por trás esconde uma vida inteirinha de afetos, inseguranças, anseios e amores.
Exatamente aí que o inevitável aconteceu, senti minhas pálpebras pesarem e, contra minha vontade, se fecharem como que eternamente.
Logo me vi no meu mundo de fantasias e doces ilusões.
Vi alguém andando em minha direção, inclinei levemente meu pescoço para o lado, acreditando ser um gesto que me faria ter melhor perspectiva de visão. Pura ilusão!
A pessoa se aproximava e eu desesperava-me. Não conseguia reconhecer!
Chegava cada vez mais perto e senti meus pés recuarem inconscientemente.
_ Olá. - Disse a pessoa sem face, numa voz suave e viciante.
_ O... lá. - Balbuciei uma resposta.
Não era possível! Eu conseguia ver a pessoa diante de mim, a menos de 2m agora, mas não conseguia enxergar-lhe a face, não conseguia distinguir a cor de seus olhos, tampouco ver seus traços.
Mas sentia seus olhos nos meus com a intensidade de todos os maremotos já relatados, inundando-me, prendendo-me a respiração, fazendo afogar-me. Foi então que eu identifiquei o motivo desse abalo sísmico.
Não poderia ser outro! Senão eu ter chorado oceanos aquela noite ao encostar no travesseiro, foi ter chorado tanto a ponto de achar que haveria de secar toda a água do mundo, a ponto de transformar meu coração no epicentro daquele maremoto.
Não entendo ainda como havia uma lágrima a rolar quando meu despertador tocou mais uma vez, lembrando-me que a hora estava a passar... Lembrando-me que mais uma vez eu ficaria sem minhas respostas, que eu deveria viver o mundo real.
Inconformada, virei-me novamente de frente para o espelho e declarei:
_ Você venceu. Estou indo encarar os fatos.
Percebi um leve sorriso a se formar no canto dos meus lábios, nos meus lábios refletidos, os que eu sinto estavam inundados...

terça-feira, 8 de junho de 2010

Anti-selos especiais

Essa é uma série que comecei em outro blog e vou continuar aqui.Porque é o seguinte,tem aqueles blogs que vivem presenteando outros blogs com selos.Você vai lá,todo pimpão visitar o blog da pessoa e a única coisa que tem é um monte de selos.Tudo bem,tem gente que gosta.Eu não gosto.
Por isso resolvi instituir uns selos mais legais,para aqueles blogs que você odeia de verdade,com todo o coração.

Para aqueles blogs tão ruins que deveriam ser considerados crimes de Guerra.:


Para os blogs que tem tantos erros de Português que fariam o Professor Pasquale arrancar os cabelos do saco:



 Para blogs que tem tantas fotos e elementos gráficos que mesmo com uma internet de 50gigas demora 1 hora para abrir:


E esse é o principal.Para aqueles blogs tão ruins,mas tão ruins que só de olhar te dá vontade de se matar com uma faca de plástico:



Mais selos aqui:
Anti-selos especiais do Chicuta

sábado, 5 de junho de 2010

Difícil colocar um titulo



Muitas coisas já me surpreenderam e devem ter surpreendido vocês também. Os comerciais da Xuxa, derramando quase um litro de Monange por banho; A quantidade de desodorante que os caras dos comerciais de Axe usam... Quem transpira pela barriga? Ta, vai que tem ? Melhor nem falar.

Mas uma coisa que realmente me impressiona muitas vezes e me garante grandes risadas, é a ação da policia. Nunca ri tanto. Não vou citar as cenas que saem no famoso “Se Liga Bocão” aqui da Bahia. Vou aos clássicos. Porque quando a policia age de maneira errada, muitas vezes, ridícula, por algum despreparo, não sei, as pessoas já vão de enxadas e tochas de fogo na mão “Só podia ser nordestino”. Beleza. Vou ao caso que mais me fez rir, claro, fora do nordeste.
Os policias apreendem um rapaz, segundo eles, traficante de drogas. O rapaz é detido e colocado dentro da viatura, sem as algemas, claro, talvez não fosse necessário. Vai fazer um cidadão passar vergonha assim? Não ? Pois é, enquanto os policiais se acomodam em seus respectivos bancos, o rapaz abre o vidro do carro, abre a porta pelo lado de fora e sai! E sai! Sai correndo! Ninguém pega! Aí você liga a TV e ainda se impressiona com “Força Tarefa”? Eu também. Como são criativos.

Tudo bem, mas seguindo esse raciocínio “Loucademia de Policia” nossos grandes defensores da lei e da harmonia em meio a sociedade nos presentearam novamente. E dessa vez, no meu nordeste, oh, meu nordeste! Sim.

Três rapazes, menores de idade, foram detidos em Belém do Pará. Sabe qual o castigo dos meninos? Aprender a tocar ‘Cavalo Manco’ na guitarra com o saudoso Chimbinha?
Não. Condenados a sentir tesão vendo a Ana Maria Braga de Madona? Não. Dançarem o ‘Rebolation’, obra do ilustríssimo Léo Santana, hit do Carnaval 2010! As cenas estão disponibilizadas na Internet, e é realmente uma vergonha para todo o nosso país! Quem ainda não viu, precisa ver. Que vergonha. Sem swing nenhum, sem molejo, sem feeling.

E olha que uma vez eu estava viajando para uma cidade vizinha, eu e o meu amigo Leonardo. No meio do caminho, policiais pararam nosso ônibus para uma revista. Como éramos novos, ingênuos, não saímos. Um policial me olhou na janela e perguntou ferozmente: “Ta esperando o convite?” Não respondi nada. Vai que era o abadá do Parangolé?

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Soneto de um dia chuvoso

Entre lençóis e seus caracóis,
Entre um beijo e um lampejo,
Sinto a beleza de cada um dos sóis
Que brilham durante mais um gotejo

Na desventura da saudade
Me perco em sons de outrora
Seus beijos e inverdades
Abraços correndo contra as horas

Mister fora os verbos cantados
Silenciosa e loucamente
Sagrou-se os versos recitados

Bailara o tango da mocidade
Cantara numa nota de descaso
Tomara os escalpos da liberdade

terça-feira, 1 de junho de 2010

Desce daí Hosana.

igreja

















Todo mundo que lê meus textos sabe que eu não sou o melhor amigo da igreja.Não sou o melhor amigo de religião nenhuma aliás.Digamos que nunca vou ser canonizado pelo Vaticano,muito menos curar alguém pela imposição das mãos.Só imponho minha mão em coisa sagrada se for no bumbum da Natalie Portman.Amém.

Mas não é porque não quero acreditar,eu quero acreditar,seria muito mais fácil.É por absoluta falta de fé mesmo.Mas esse assunto é muito espinhoso,deixemos para outro post.

É que uma pessoa aí perguntou porque eu não vou na Igreja,na católica,já que meus pais são católicos e quase todo mundo que conheço também.Bom,não vou primeiro porque é chato pra caralho ficar lá sentado escutando um cara que bebe vinho e nem oferece para os outros participantes da festa,puta egoísmo.E segundo porque tenho uma vergonha desgraçada daquelas missas coreografadas.

Cara,o Padre começa a rezar e de repente do nada para e os fiéis repetem sempre as mesmas palavras.Eu não entendo como todo mundo sabe o que tem que dizer.Sempre acho que foi combinado antes de eu chegar,tipo o Padre faz uma reunião com todos antes de eu chegar e diz:

-Ó galerê a parada é a seguinte.Quando eu falar “Glória ao Senhor” todo mundo fala “Ele esta no meio de nós”.O Chicuta não vai saber o que falar e vai ficar lá com cara de bunda,vamos rir da cara dele.
Juro que eu já vi as pessoas rindo de mim quando eu não sei o que falar nas missas,sacanagem do Padre.

E outra coisa.”Ele esta no meio de nós”?Porra cara,que bagulho mais sinistro.Tem alguém no meio de nós e nós nem conseguimos enxergá-lo.Puta que pariu,o cara tá me vendo pelado porra.Não quero ninguém no meu meio não.

Outra coisa que não entendo é a tal da Hosana nas alturas.MEUDEUSDOCÉU,a tal da Hosana tá lá em cima a séculos.E ninguém ajuda a coitadinha gente.Daqui a pouco cai das alturas e se quebra toda,tadinha da Hosana.Põe uma escada,sei lá,só ajuda a menina a descer do teto da igreja.