Voa canarinho, voa...

Já dizia o sábio Latino “Quando as coisas têm que acontecer, elas simplesmente acontecem”.

Lá estava eu, voltando para casa, cansado, sem vontade de fazer mais nada, quando reencontrei um velho amigo meu, dos tempos que eu andava “perdido”.

Falamos sobre tudo, e tocamos num assunto que os homens preferem ocultar. Acabei contando que não me divirto a tempos e ele me ofereceu uma ida ao Paraíso.

Fraco, me deixei levar e acabei cedendo aos desejos do corpo. Lá estávamos numa mesa bebendo, quando um cara do meu lado pediu um teco do meu cigarrinho. Dei a ele, porque me senti em casa mesmo, já estava nu, numa cama com várias mulheres, e o cheiro me deixava completamente entregue. Aproveitei que já estava tocando Mallu Magalhães e assumi que era homossexual. Conheci alguns caras e acabamos fazendo tudo o que eu havia guardado pra mim.

To chegando em casa agora, 6:30 da manhã e já estou vendo minhas roupas jogadas. Minhas roupas, meu quadro do Fábio Júnior e minha boneca inflável, Tieta, agora em chamas. Parece que minha mulher está vindo até o carro. É minha mulher ou minha filha? Não sei. Achei que ela fosse loira, mas daqui parece a Glória Maria. Nada contra. Sou racista, mas não para quem tem dinheiro. Afinal, ela pode colocar minha alma na justiça e a justiça eu já conheço, afinal, sou deputado. Mas nunca roubei, juro. Nunca roubei as balinhas de cima da mesa, haha. Olha lá, agora uma arma. Vai atira logo, minha filha já ia fazer isso mesmo, acaba logo com...

- Jacó, acorda, ta quase na hora do seu Bar Mitzváh, filho.